Segundo Alceu Gilmar Moretti, há uma defasagem em torno de 25% no quadro de pessoal
A indisponibilidade de equipes capacitadas para o atendimento de pessoas com Covid-19 internadas nos hospitais de Santa Catarina preocupa as entidades de saúde. A falta de profissionais no mercado já é uma realidade no país e no Estado, e a demanda cada vez maior de pacientes que necessitam de internação deixa o cenário ainda mais grave.
Em Jaraguá do Sul não é diferente. Segundo o secretário de saúde, Alceu Gilmar Moretti, há uma defasagem em torno de 25% e exaustão por parte das equipes que trabalham na linha de frente dos atendimentos Covid. “Estão exaustos, com uma carga horária alta. Faltam profissionais, é a nossa maior carência hoje”, informa .
De acordo com Moretti, atualmente, mais de 300 profissionais atuam no enfrentamento à Covid-19 nos hospitais da cidade, mas devido ao número expressivo de internações, já não é o ideal. “Precisaríamos de mais uns 100 profissionais” reforça.
Isso mostra que, apesar de importantes, leitos de UTI e respiradores não são as únicas armas para enfrentar a Covid-19 – na verdade, eles têm pouca valia sem profissionais de saúde habilitados para utilizá-los.
Por essa e outras razões, a instalação de hospitais de campanha, como algumas pessoas cobram em redes sociais, acaba sendo totalmente inviável na maioria das vezes.
Além dos leitos e dos recursos, os profissionais são parte essencial do funcionamento de um hospital de campanha, afinal, são os grandes responsáveis por executar os protocolos de atendimento e realizar as atividades. Médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos são essenciais nesses ambientes. “Montar a estrutura não é tão difícil, o problema todo, pelo país afora, é ter profissionais habilitados para isso”, frisa o secretário. “Teríamos que ter, no mínimo, mais uns 150 profissionais em um hospital de campanha. Pessoas totalmente treinadas para a atuação nessa estrutura temporária e isso é inviável no momento”.
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