Parlamentar disse que versão de Marco Viveros é intrigante. Ele deu um tiro na ex-mulher quando ela dormia e dias depois tentou eletrocutá-la
O deputado estadual Jessé Lopes (PSL-SC) se encontrou com Marco Antonio Heredia Viveros, agressor e ex-marido da Maria da Penha, na tarde de ontem na Assembleia Legislativa.
Através de suas redes sociais, o parlamentar compartilhou uma foto do momento e contou que Marco visitou seu gabinete. “Contou a sua versão sobre o caso que virou lei no Brasil.”, escreveu.
O deputado de Santa Catarina, que se denomina conservador e “fechado com Bolsonaro”, afirmou que a história de Marco é “no mínimo intrigante” e que isso o faz acreditar que há uma “verdade sufocada” por trás do caso.
Maria da Penha: lei de proteção às mulheres
A Lei Maria da Penha foi sancionada em 7 de agosto de 2006 com o objetivo de prevenir e reprimir a violência contra a mulher. O nome foi dado devido a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que foi vítima de dupla tentativa de feminicídio por parte de seu marido Marco Antonio Heredia Viveros.
Em 1983, Marco atirou em Maria enquanto ela dormia, o que a deixou paraplégica. Quatro meses após o ocorrido, ela retornou para casa. O marido a manteve sob cárcere privado por 15 dias e tentou eletrocutá-la durante o banho. A Justiça permitiu que o agressor cumprisse a pena em liberdade, o que fez com que a vítima levasse a denúncia à Organização dos Estados Americanos (OEA). Maria da Penha se tornou um símbolo de resistência após lutar por justiça ao longo de 19 anos e 6 meses.
A lei Maria da Penha criou varas especializadas para casos de violência doméstica e tipificou os casos para além de agressões físicas como ameaças e ofensas. Também foram incluídas medidas protetivas para resguardar a mulher da proximidade com o agressor.
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