Confira!
Gestor ou empreendedor?
Há uma grande confusão, bem como diferenças entre os termos e entre as práticas de cada uma destas situações numa empresa.
O empreendedor, é visionário, enxerga oportunidades onde muitos não conseguem. Vê em cada momento, um novo projeto, ou um novo produto que sua empresa ou uma nova empresa possam desenvolver.
Seus olhos sempre estão olhando muito mais para frente e para o futuro, raramente o olhar do empreendedor está voltado para o que está acontecendo no aqui e no agora. Ele, o empreendedor, vislumbra novas situações o tempo todo, vê futuro. Vê sempre uma nova chance de investir, de tentar algo novo. Não há uma preocupação efetiva na condução dos negócios. Mas sim uma busca incessante de realizar sonhos, transformar possibilidades em algo concreto. O que por vezes pode não acontecer.
O gestor ou executivo, pelo contrário, é o sujeito que faz com que o sonho do empreendedor aconteça. Seu olhar é sempre pautado pela razão, pela análise do agora, pela análise dos números que aconteceram e que acontecem. Verifica se há viabilidade de que o sonho do empreendedor tem condições de retorno, de que fato possa ser um bom negócio. De melhorar resultados, diminuir custos, aumentar margens de lucro, etc…
Algumas pessoas conseguem assumir este papel duplo por algum tempo, o de empreender e de gerir a empresa. Destes muitos tem sucesso e conduzem seus negócios com maestria, até um determinado tamanho ou porte da empresa. Mas não é tão simples assim, pois são papéis complementares.
Com o crescimento da empresa há uma tendência de que as situações sejam efetivadas por pessoas em diferentes posições. Neste momento a empresa começa a criar suas estruturas de gestão e, esta, a gestão, necessita sim se tornar cada vez mais profissional. O olhar e o cuidado dentro do mercado de atuação, já não aceita mais ou perdoa erros de visão ou de gestão. A assertividade é fundamental!
A ação conjunta e bem orquestrada de empreendedores e gestores faz o sucesso da empresa, ser uma possibilidade muito mais efetiva. Este alinhamento de olhares e de ações, onde cada qual entende e vive seu papel e suas responsabilidades, é a premissa de sustentabilidade de um negócio. O ajuste de olhares e de intenções.
Não há a necessidade de um empreendedor conduzir sua empresa o tempo todo, ele terá sim que estruturar uma equipe de gestão que o subsidie com o conhecimento necessário e apoio necessários. Esta gestão precisa ter clareza efetiva que está na estrutura para conduzir da melhor forma o empreendimento. Há um que de obviedade aos olhares mais desavisados. Mas nem sempre é assim.
Pode haver a confusão de quem manda, o empreendedor do negócio tem este poder, mesmo que sempre o conhecido “senso de dono” seja e deva ser estimulado nos gestores. O gestor, por sua vez, precisa mostrar os melhores caminhos para o sucesso dos sonhos do empreendedor e este por sua vez, entender quais são estes caminhos. Aqui poderá haver desavenças ou pontos de vista muito diferentes. É na intersecção, no encontro de ideias que tudo acontece.
O discernimento na ação, no posicionamento, na definição e na intenção fazem toda a diferença para o negócio. Todos ganham quando isto acontece. O empreendedor com melhor retorno nos lucros e os gestores com melhores recompensas previamente estabelecidas. É uma relação efetiva de ganho para todos.
As pequenas e médias empresas demoram a entender por vezes estas condições e sofrem com ingerências criadas por indefinições. Mandos e desmandos acontecem com frequência, a relação de poder fica muito aflorada.
A consciência dos limites e das responsabilidades de cada qual na estrutura organizacional fazem toda a diferença entre quem cresce e quem fica pelo caminho.
Pense nisto, [email protected].
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