Confira a coluna em áudio e texto
Família não mais gestora, mas sim investidora de sua própria empresa. Parece estranho para muitos, esta concepção de empresa familiar, onde a família não mais faz a gestão da mesma.
Temos ainda a concepção em nossas cabeças que a família que fundou deve continuar tocando o negócio. O que não é uma obrigatoriedade. A família pode se tornar a investidora, exercer a sua efetiva condição de sócios e não mais gestores de sua própria estrutura.
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Sua ação não será mais na definição das ações táticas e muito menos operacionais do dia a dia da empresa. Mas sim na definição das ações estratégicas e acompanhamento dos resultados alcançados pela gestão.
Mas isto não acontece num passe de mágica. Existe uma preparação específica para isto. Em preparar a família para saber ser sócia de seu próprio negócio. Parece uma obviedade, mas não é.
Não mais fazer parte da rotina operacional, para quem sempre definiu tudo, precisa ser aprendido. É um comportamento de difícil mudança. Não mais colocar a mão em tudo que circula pela empresa, não mais se preocupar com a minúcia de algum processo e olhar o futuro estratégico, requer de disciplina e muita disponibilidade em não atrapalhar a gestão efetivada para tocar a empresa.
Ser somente sócio, parece que não se exerce o mesmo poder. E não exerce mesmo, o foco aqui será efetivamente no resultado do negócio. Sem mais a ação direta com as pessoas. Para isto existem os gestores da estrutura, que estes sim, exercem o poder direto.
Este é um dos pontos mais nevrálgicos desta definição da saída da família da gestão efetiva, para a condição de sócios do negócio. Estruturar e permitir que um grupo de gestores faça o que outrora a família fazia.
Sendo que neste novo papel, estabelece sim as diretrizes estratégicas e algumas táticas. O tempo de percepção de quando a presença da família está favorecendo ou não o crescimento da empresa, é fundamental para isto. Muita seriedade e serenidade nisto. Mas pode ser uma grande decisão, a de tornar a empresa da família perene
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