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Eis aí uma dúvida grande. A concepção de modernidade, de inovação onde os espaços abertos onde todos interagem, virou um símbolo da nova gestão. Uma onda interessante. Mas será que para todas as situações e todos os processos existentes na organização ou empresa? E isto atende os novos cuidados estabelecidos pela LGPD? A Lei Geral de Proteção de Dados?
Bem aí é que está, o modismo de seguir sem pensar muitas vezes leva à desconfortos ou riscos de erros em algumas atividades dentro da empresa.
Em primeiro lugar, nem todas as pessoas gostam desta interação o tempo todo, onde todos podem falar, todos podem trocar informações com os colegas. Existem atividades dentro dos processos que obrigatoriamente exigem concentração por parte do executante. Num ambiente destes, isto se torna quase que impossível, ou o sujeito se anula do ambiente usando fones de ouvidos para ter o mínimo de atenção exigida.
Há uma grande controvérsia nisto tudo, numa pesquisa da Harvard Business School, mostra que estes ambientes que supostamente deveriam gerar maior interação entre as pessoas, não o fazem. Pelo contrário reduzem em cerca de 70% as interações cara a cara e aumenta o número de emails em 50%, bem como das mensagens em aplicativos.
Desta forma a ideia de ambientes sem paredes não são tão propícios assim à interação entre as pessoas.
Além de uma nova preocupação que as organizações passam a ter com a preservação dos dados considerados sensíveis pela LGPD. As informações pessoais que possam gerar alguma divulgação indesejada ou comprometedora da individualidade ou da privacidade dos colaboradores por exemplo, não podem ser tratadas com desdém.
Claro que em empresas que falam de inovação ou de criação de novos produtos ou serviços. Onde a troca de ideias ou de informações fazem parte da dinâmica do processo, estes ambientes abertos favorecem e muito.
Mostra mais uma vez o quanto cada empresa precisa entender qual é a sua realidade, quais são as reais e efetivas necessidades das pessoas que a compõe. Parar de imitar os outros de maneira impensada, como uma criança imita um adulto à sua volta. Parar de imitar sem critérios e crivos culturais e estruturais.
Mostra mais uma vez que os modismos precisam ser olhados com criticidade e não segui-los aleatoriamente. Cada empresa tem sua cultura, cada empresa tem sua estrutura e sua forma de agir no mercado que atua. Cada empresa é única.
Pense nisto: [email protected].
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