Confira a coluna em áudio e texto
Muito comum ler nas publicações sobre gestão o enfoque nos problemas de comunicação existentes nas empresas. Onde muitas situações são geradas pela dificuldade de estabelecimento de uma comunicação assertiva.
Na comunicação as pessoas não conseguem entender o que é solicitado, falado ou enviado por algum meio de comunicação; as queixas são de que a linguagem é truncada; que os termos não atendem as regras de conduta; que a mensagem tem sentido dúbio ou não é clara; que poucos entendem pela linguagem utilizada não ser comum aos interlocutores, ou seja uma infinidade de desculpas.
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Agora quando é anunciada a dala da festa que será subsidiada pela empresa, que tudo será livre e efetivamente sem nenhum custo algum para as pessoas? Por exemplo a festa de final de ano?
Em minutos a informação toma proporções de totalidade da estrutura numa unanimidade ímpar, todos entendem onde, quando, qual horário de início e duração, a vestimenta sugerida (em caso de uma festa temática), se pode levar acompanhante, se vai ter bebida alcoólica, se vai ter música, se vai ter esquenta, se vai ter continuidade, ou seja, a comunicação é muito bem entendida, não há falhas.
Então temos problema de comunicação nas empresas?
Acredito que aqui caiba uma análise mais profunda se de fato existem problemas de comunicação, ou se algumas mensagens não são ou não querem ser compreendidas numa organização?
No caso da festa, é só alegria, descontração, diversão e coisas boas. Em algumas comunicações internas, estas podem estar sendo indicadas limitações, imposições, cobranças efetivas de comportamento, de cumprimento de metas e objetivos, com estas características não tão agradáveis ou festivas. Nestes casos o problema de comunicação se evidencia?
Estranho observar isto, para o festivo todos entendem, participam, sabem as regras é só alegria. Em caso contrário, onde uma ordem é definida, parece que há uma seletividade expressa em frases como:
– Ninguém me falou disto!! Não sabia que era para ser deste jeito!! Não estava claro que tinha que ser assim! Isto não ficou definido de maneira clara!!!
Começam as desculpas para o não entendimento da comunicação. Será que de fato não se compreendeu? Será que foi perguntado sobre como esclarecer as dúvidas? Será que ocorre o interesse pelo esclarecimento efetivo do que, do como, quando, quanto, por quem deve ser feito? Ou a opção escolhida, mesmo que inconscientemente é a clássica resposta de que não havia entendido daquela forma.
A seletividade oculta parece tomar vulto nestas situações. A emocionalidade tem seu grandioso peso aqui e passa a estabelecer seus filtros.
Quando me interessa ouço e compreendo clara e adequadamente, quando não há tanto interesse a seletividade da escuta fica ativa.
Será que de fato temos problemas efetivos de comunicação? Ou há um que de intencionalidade oculta no não entender?
Este é um desafio para as gestões das empresas, entender a efetividade da comunicação de suas estruturas.
Pense nisto: [email protected].
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