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Numa pesquisa de 2022, feita pelo Semesp, entidade que representa as mantenedoras do ensino superior no país, diz que teremos um déficit de 235 mil professores na educação básica do país no de ano de 2040.
Estes números são originados pelo desinteresse dos jovens em cursos de licenciaturas e pedagogia. Pelos baixos salários praticados na educação, e o ensino na modalidade à distância, completam a diminuição de interessados em lecionar.
Isto tudo associado ao fator etéreo e inebriante causado pelo mundo digital, onde pessoas sem nenhuma qualificação se destacam em seguidores e faturam muitos milhares, quando não milhões de reais ano. Fica difícil fazer com que jovens queiram exercer a profissão de docente de anos iniciais.
Além do fato que, boa parte dos pais terceirizaram para a escola a responsabilidade de educarem seus filhos.
O problema não para por aí, o nível de nossa educação pelos parâmetros de análise da OCDE, organização para cooperação e desenvolvimento econômico, de 41 países participantes, se o Brasil participasse ocuparia a 39ª posição, ou seja nossa educação efetivamente vai de mal à pior.
Juntando os dois cenários, de falta de professores no ensino básico, mais a péssima qualidade de nossa educação, não há como o país progredir. Nossas empresas dependem de profissionais minimamente qualificada para os seus postos de trabalho.
Muitas oportunidades, neste momento, já não estão mais sendo preenchidas por falta de qualificação das pessoas que se prontificam em participar dos processos seletivos. As pessoas não conseguem responder questionamentos básicos ou resolverem problemas simples de ordem lógica.
O que sobra para as empresas optarem? Escolher o candidato com o perfil mais próximo da necessidade e posteriormente capacita-lo internamente, pois caso contrário é provável que este não consiga evoluir no posto de trabalho e muito menos na carreira.
Isto é um fator desestruturante grave da sociedade econômica, a previsão não é nada agradável num futuro próximo e piora ainda mais no médio prazo se nada for feito para reversão deste triste cenário.
Nosso poder público precisa acordar numa proposição de política de capacitação efetiva de professores e de melhoria da qualidade da educação do país. Isto para equilibrar um pouco a situação, ou ficaremos à reboque do mundo desenvolvido.
Existem vários exemplos de países que nos demonstram como o investimento sério e estruturado na educação pode ajudar ao desenvolvimento, permeados por políticas públicas reais.
Caso isto não aconteça as empresas terão que efetivar em suas estrutura, áreas de capacitação permanente de pessoas, voltadas para as diferentes capacidades básicas que deveriam ser aprendidas nas salas de aula, para que consigam garantir o atendimento às frentes de trabalho existentes na estrutura e para os diferentes níveis hierárquicos.
A seriedade na formação de pessoas é fundamental para que o verdadeiro sucesso de uma empresa aconteça. Pessoas capacitadas, conhecedoras de suas entregas e comprometidas com a empresa fazem a total diferença.
Quer falar mais sobre o tema, entre em contato pelo 47 98826-7507
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