O Levantamento é feito duas vezes ao ano em cidades infestadas pelo mosquito transmissor da dengue
Terminado o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (lira’a), que ocorre em municípios infestados pelo mosquito transmissor da dengue, como é o caso de Jaraguá do Sul, o setor de zoonoses encontrou 4.305 depósitos de água parada, num ambiente propício para a disseminação do inseto.
Dezoito agentes de endemia estiveram envolvidos, de 16 a 26 de novembro, em cerca de 2,7 mil visitas domiciliares, escolhidas por amostragem entre os imóveis térreos do município, divididos em oito estratos. O estrato 7, que compreende os bairros Água Verde, Chico de Paulo, Tifa Martins, São Luís e Rau lideraram a quantidade de depósitos de água encontrados (855).
De acordo com a supervisora de fiscalização e controle de zoonoses, Aline Cristiane Borba Monteiro, o lira’a é um instrumento importante de análise que deve ser feito duas vezes ao ano, em março e novembro, em municípios infestados. “Mais importante do que identificar e eliminar os depósitos de água parada, é evitar que sejam um possível criadouro do mosquito”, explica. Por isso, o morador é orientado a eliminar o depósito e, na impossibilidade de descarte, o agente efetua tratamento com larvicida no local.
Entre os depósitos observados pelos agentes constam caixas d’água, cisternas, depósitos móveis (baldes, brinquedos, potes), depósitos fixos (piscinas, ralos, fontes ornamentais), pneus e materiais rodantes, garrafas, latas e os considerados depósitos naturais como as bromélias, por exemplo.
Em nenhum destes depósitos foi encontrado foco, mas é importante que os moradores evitem situações que possam acumular água. Os agentes seguem para as casas devidamente identificados com coletes e crachás fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde.
O número de pontos de proliferação das larvas do mosquito Aedes aegypti tem aumentado na cidade. Dados do setor de zoonoses apontam que, em relação a 2019, os focos encontrados apresentaram majoração de 78,05%, passando de 41 para os atuais 73. Já o número de casos suspeitos passou de 48 ocorrências no ano passado para 79 até o momento (64,58%).
Outro dado que chama atenção é o de casos confirmados de dengue, que chegou a 24 contra apenas três em 2019, o que representa um acréscimo de 700%. Este índice supera os registrados em 2011 e 2013 (ambos com 22 casos cada), período em que o país viveu um surto da doença.
Cuidados dentro e fora de casa
Tampe os tonéis e caixas d’água;
Mantenha as calhas sempre limpas;
Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
Mantenha lixeiras bem tampadas;
Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.
Cubra e realize manutenção periódica de áreas de piscinas e fontes ornamentais;
Limpe ralos e canaletas externas;
Atenção com bromélias e outras plantas que podem acumular água;
Deixe lonas usadas para cobrir objetos bem esticadas, para evitar formação de poças d’água.
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