Local passou a impulsionar startups na incubadora em 2019
Soluções inovadoras para um mercado competitivo e em constante mutação. Essas características marcam a atuação do Centro de Inovação Jaraguá do Sul – Novale Hub, inaugurado em meados de 2018 e que, em janeiro de 2019, passou a impulsionar startups na incubadora. A arrancada foi com o ingresso da WEG como empresa-âncora, na instalação de núcleo de inovação aberta. De lá para cá, já são 13 empresas incubadas. De 2021 para frente, o Novale Hub busca seguir impulsionando novos criadores e organizar o Ecossistema de Inovação de Jaraguá do Sul.
Vale lembrar que no primeiro ano, em 2019, oito empresas foram incubadas. Depois da WEG, quatro empresas até então sediadas na incubadora JaraguáTEC, no campus da Católica SC, foram incorporadas ao Novale Hub: HYBRI Eventos, Você Pede, Só venda e MEGI9. E em agosto de 2019, o Novale teve a incubação direta das empresas UPFLUX, KWABA e RAUCA.
A retrospectiva aponta que em março de 2020 foram transferidas mais três empresas do JaraguáTec: DUMEIO; ROCKETLAB, PRACTICE LEAN). Em agosto de 2020, uma empresa residente se instalou no Novale , a SNOWMAN, e em dezembro de 2020, mais uma empresa vinda do JaraguaTec, a LABON. Hoje, o Novale Hub envolve diretamente o trabalho de sete pessoas.
O diretor executivo do Novale Hub, Nelson Martins Almeida Netto, resume os desafios a serem enfrentados a partir de agora. “Com um panorama de mercado cada vez mais mutante, um Centro de Inovação se caracteriza cada vez mais como epicentro de novos negócios, visto o seu desprendimento dos modelos tradicionais”, pondera.
“O desafio do Novale está pautado em duas verticais. A primeira é facilitar, por meio da educação para a inovação, o desenvolvimento dos futuros criadores e criadoras. Vemos os jovens buscando o mercado de trabalho ainda de maneira reativa. Com a construção de valores e a percepção de que há possibilidade de inovar nas mínimas coisas, acreditamos que promoveremos um futuro melhor. E a segunda vertical está pautada na organização do Ecossistema de Inovação de Jaraguá do Sul. Percebemos que ele existe e que é pujante, mas ainda há necessidade de unir as pontas para torna-lo coeso e colaborativo como Ecossistema”, declara Netto.
Adequação dos espaços
Sobre a adequação dos espaços disponíveis em 2020, Nelson Netto confirma que a capacidade para receber novos incubados aumentou. Foram disponibilizados cinco novos espaços para incubação, com previsão de que sejam habilitados três, a partir de recursos contemplados pelo edital de Chamada Pública FAPESC Nº 24/2020, do Programa de Incentivo à Incubadoras de empresas Catarinenses. “Temos 18 salas para empresas residentes e incubadas, uma sala de reunião e um Laboratório de Eletroeletrônica”, atesta.
Os recursos para a manutenção da infraestrutura, assim como os ajustes na parte física do equipamento público, contam com destinação da Prefeitura de Jaraguá do Sul, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação (SEDEIN). A renda dos aluguéis de salas de trabalho, coworking e do auditório para eventos, e apoio de instituições parceiras, somam para que o Novale Hub se mantenha de portas abertas. Outro fator que contribuiu foi a aprovação em editais de fomento, em pesquisa e melhoria na estrutura, que somam mais de R$200 mil.
“Para 2021 estamos em fase de realização de um convênio com a Prefeitura focado no desenvolvimento do Ecossistema de Inovação e na formação de professores e jovens para a inovação e empreendedorismo. Neste ritmo, o Novale se tornará em breve mais uma grande referência de Jaraguá do Sul para todo o Estado”, enfatiza o diretor executivo Nelson Netto.
Startup enaltece conexões
A Hybri foi uma das primeiras empresas a integrar o time dos incubados da Novale Hub. O sócio-proprietário e co-fundador Jefferson Amendolara lembra que tudo começou em outubro de 2016, juntamente com Gustavo Oldenburg.
Depois veio o primeiro investidor, Layon Dalcanali. “Para quem possui uma startup, estar presente em ambientes inovadores que propiciem conexões com outros empreendedores, espaço e infraestrutura adequada, é indispensável para desenvolver um negócio rapidamente”, constata. Conta que hoje a empresa está em fase de captação de investimentos: “O plano para 2021 é ajustar a máquina para acelerar ainda mais, entrando em escala até 2022”.
Amendolara reconhece que teve de se reinventar na pandemia. “Como somos uma startup de eventos, tivemos que nos adaptar rapidamente para sobreviver. Graças a grande aproximação que sempre tivemos com o mercado de eventos e com a metodologia de customer development aplicada, conseguimos fazer isso em tempo recorde. Desenvolvemos um novo produto, o Hybri Station, uma plataforma white label para eventos híbridos e online, que foi a principal responsável pela fase que nos encontramos atualmente. Além disso, mudamos o nome da empresa de Vou para Hybri. Dobramos a equipe, crescemos em oito vezes nosso faturamento e em menos de seis meses, estamos perto de bater a marca de 50 clientes e 100 eventos atendidos”.
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