Empresa protocolou pedido de reajuste no valor da passagem
Ontem, terça-feira, 10, ocorreu a segunda parte da audiência sobre o transporte público de Jaraguá, na Câmara Municipal. Ela havia sido iniciada no dia 18 de março para discutir o tema, mas foi suspensa para que as autoridades interessadas no assunto pudessem levantar dados solicitados pelo propositor e presidente da audiência, vereador Luís Fernando Almeida (MDB).
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“Nós temos que buscar uma solução: ou a passagem eleva de valor ou a Prefeitura aporta um recurso público para garantir a isenção aos idosos, pessoas com deficiência, estudantes, enfim, como é dito, não existe almoço grátis”, disse.
O diretor de Trânsito, Gildo Andrade, garantiu que serão feitas as mudanças necessárias para que o Fundo Municipal do Transporte Urbano possa subsidiar o transporte público e diminuir os impactos no preço das passagens.
“Nós temos a intenção de utilizar as receitas da publicidade dos abrigos para usar no fundo. A outra receita será o superávit do estacionamento rotativo que entra em vigor na próxima segunda, dia 16”, finaliza.
Prejuízo é apresentado
Segundo as informações da Agência Intermunicipal de Regulação do Médio Vale do Itajaí (Agir), o atual déficit que a Prefeitura jaraguaense tem com a empresa Senhora dos Campos é de R$ 1,37 milhão. Isso porque, desde que a licitação foi feita em 2020, os custos de operação companhia subiram, como o preço do diesel e os salários dos trabalhadores.
A Senhora dos Campos protocolou um pedido de reajuste no valor da passagem em novembro de 2021. Segundo a instituição, para que a situação se equilibre novamente, o valor da passagem que atualmente é de R$ 3,94 precisa subir para R$ 5,15. Porém, entre os meses de dezembro e março as perdas financeiras da empresa foram se acumulando e chegaram à R$ 1 milhão e 370 mil, que agora terão que ser repassados pela Prefeitura jaraguaense a fim de reequilibrar o contrato de concessão.
Um dos questionamentos feitos na primeira parte da audiência era sobre como o município poderia conduzir essa situação e quais passos deveriam ser dados. Gildo Andrade explicou que o caminho é o Judiciário. A concessionária deve requerer a reposição na Justiça e o Executivo Municipal vai tentar minimizar os danos aos cofres públicos através de contestações.
Além disso, a antiga empresa que prestava o serviço de transporte de passageiros no município, a Canarinho, ainda pleiteia na Justiça outros valores de reposição relativos às perdas financeiras do contrato antigo, feito ainda em 1996. Os valores reivindicados podem passar dos 70 milhões de reais.
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