Secretário de Saúde não descarta a possibilidade de a nova variante estar circulando na região
Ao mesmo tempo em que o aumento de casos de Covid-19 lota hospitais pelo país, médicos e autoridades de saúde relatam uma mudança no perfil dos pacientes que precisam de internação, inclusive, nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). “Em geral, estão chegando pessoas mais jovens, mais graves e que demandam de mais tempo de hospitalização”, reforça o secretário de Saúde de Jaraguá do Sul, Alceu Gilmar Moretti.
De acordo com ele, este cenário traz a suspeita de que circula em Jaraguá do Sul uma nova variante do coronavírus. “Pode ser o principal motivo para o aumento dos casos no município”, salienta.
No começo do mês de março pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina identificaram a variante P.1, também conhecida como variante brasileira da Covid-19, em um morador de Jaraguá do Sul, mas até agora o município ainda não foi notificado oficialmente sobre o caso. A Secretaria de Estado da Saúde continua aguardando o resultado do sequenciamento genômico que é realizado pela Fiocruz/RJ, para validar os dados.
Esta nova linhagem do vírus é considerada mais transmissível e o secretário de Saúde reforça que a situação agora é outra, bem diferente de meses atrás. “Tudo leva a crer que esta nova variante, mais agressiva, esteja aqui na nossa região. Jovens estão perdendo a vida”, alerta.
Segundo informações da assessoria de imprensa do Hospital São José, até esta quarta-feira (24), estavam internadas na UTI, por Covid-19, sete pessoas com idades entre 36 e 40 anos. Na enfermaria, quatro pessoas com idades entre 31 e 35 anos, duas entre 36 e 40 anos e uma pessoa com idade entre 21 e 25 anos.
De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica de Jaraguá do Sul, duas pessoas com idades entre 23 e 35 anos foram a óbito no município neste mês de março em decorrência da Covid-19. Desde o início da pandemia sete pessoas com idades entre 23 e 38 anos perderam a vida em decorrência da doença.
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