Saiba quem é Zé Trovão, um dos líderes do movimento. Em seus vídeos, ele sugere invasão do STF e do Congresso
A Polícia Federal segue em busca do caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão. Ele é um dos alvos do inquérito que apura a organização de atos antidemocráticos marcados para o dia 7 de setembro. A prisão foi solicitada pela Procuradoria Geral da República (PGR), e a determinação partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Em Brasília, a PF prendeu o blogueiro bolsonarista Wellington Macedo. De acordo com o G1, a polícia emitiu nota em que afirma que a prisão “tem o objetivo de aprofundar investigações em curso nos autos de inquérito”.
Zé Trovão e Wellington estavam entre os alvos de mandados de busca e apreensão que foram cumpridos no dia 20 de agosto. Apesar de terem as contas bloqueadas nas redes sociais, ambos driblaram a ordem judicial e participaram no último domingo (22) de uma live com o blogueiro Oswaldo Eustaquio, em que foram feitas novas ameaças à democracia.
Conhecido como Zé Trovão, o caminhoneiro e youtuber paulista Marcos Antônio Pereira Gomes mora em Joinville há cinco anos e ganhou notoriedade nos últimos dias por atacar as instituições democráticas brasileiras, chegando até a sugerir uma invasão ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional para agredir o presidente e o relator da CPI da Covid, os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), respectivamente.
No seu canal, ele posta vídeos com conteúdo político bolsonarista, em favor do presidente e contra a democracia, mas afirmando que não é contra a democracia. Ele diz querer o impeachment dos 11 ministros do STF e, com essa bandeira, convoca a população para os atos do próximo dia 7 de setembro, com nome “Acampa Brasil”.
O canal do Youtube também possui outros conteúdos bolsonaristas, em favor do tratamento precoce contra a Covid-19 e do voto impresso.
Pelo seu conteúdo, Zé Trovão já foi alvo de investigação da Polícia Federal, de mandados de busca e apreensão pelo STF e, mais recentemente, de um pedido de prisão – que ele respondeu dizendo que só vai se entregar durante o ato do dia 7 de setembro, “no meio do povo”.
A prisão foi decretada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, ao acatar um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), ao apontar que ele estava descumprindo medidas cautelares aplicadas pela Suprema corte. Moraes havia determinado, em 20 de agosto, o bloqueio das redes sociais de Zé Trovão e proibido que ele se manifestasse em qualquer rede social dele ou de outros, alegando que ele estava convocando atos antidemocráticos. Mas Trovão não respeitou a determinação.
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