Confira a coluna em áudio e texto
Ao vermos temas relacionados ao desenvolvimento de pessoas, o coaching atrai olhares e a atenção não só como ferramenta, mas como possibilidade de carreira para muitos interessados.
Não vou me ater aqui no resgate histórico do termo, mas sim ao seu propósito, o desenvolvimento humano. O objetivo é muito interessante e quando bem utilizado trz grandes e verdadeiras valias ao processo.
O profissional condutor do processo é chamado de coach e o contratante o coachee. Sobre o primeiro é que gostaria de discorrer um pouco. O coach é o profissional especializado no desenvolvimento de competências profissionais ou de vida de seus orientandos.
Deve ter uma formação adequada com bom conhecimento em comportamento humano e em especial experiência profissional.
Porém tem coisas que intrigam quando algumas práticas são observadas, por exemplo, a formação em coaching, esta não exige nenhum embasamento teórico prévio. As premissas para admissão nos diferentes cursos são: a inscrição, o pagamento dos valores e a participação no curso que tem em média de 50 horas, nos diferentes módulos. Alguns oferecem cursos mais aprofundados, mas o requisito básico é a participação no módulo anterior. Ao concluir sua formação o coach está “habilitado” para atuar.
É difícil entender como alguém que nunca tenha vivido o mundo organizacional em alguma instância relevante, ou tenha sido supervisionado por um profissional, possa direcionar carreira ou liderança de alguém?
Sabe-se claramente que o coaching não tem o propósito de substituição de processo terapêutico, mas entre vontade e prática existe um abismo gigantesco. Principalmente quando se propõe a direcionar vida fora ou dentro das organizações, o life coach.
Os profissionais que estudam o comportamento humano em suas graduações, Psicologia por exemplo, tem uma extensa carga de conteúdos que abordam as diferentes nuances deste. Mesmo assim quando da prática profissional falta-lhes vivência para atuar. O que dizer de alguém que fez um curso rápido e sai à deriva orientando a vida dos outros?
Um apanhado de técnicas não habilita ninguém nesta condução, somente municia com recursos que podem ou não ser bem utilizados. Dependerá e muito da habilidade, inteligência, ética e vivência do coach.
Diferentes profissionais das mais variadas e estranhas formações se intitulam “coach” nos dias de hoje. Consequentemente as mais pitorescas situações são vistas. Tem os PDD´s, os professores de Deus, que orientaram Deus para como organizar o mundo. Outros que aprenderam a nadar num dia e no outro estão dando aula ou aquele que sem brevê orientam pilotos de aeronaves. É muita falácia. Outros que orientam a vida dos outros mas a própria é muito torpe.
Existem excelente profissionais atuando com o coaching no mercado, que sofrem com esta banalização de uma excelente técnica.
É fundamental conseguir separar o joio do trigo e também não se deixar levar pelo canto da sereia. Identificar pessoas sérias e consistentes em seus propósitos profissionais.
Pense nisso: [email protected].
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