Saiba quais são os mitos e verdades sobre os primeiros socorros
O verão ainda nem chegou, mas tanto os biólogos da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) como os bombeiros voluntários tem atendido um número crescente de ocorrências envolvendo serpentes, tanto na área rural como urbana do Município. As cobras, aliás são os animais silvestres estão entre os animais mais recolhidos pelo Programa Resgate de Fauna mantido pela própria Fujama em parceria com os bombeiros.
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Entre os espécimes mais resgatados estão espécimes peçonhentas como jararaca, coral-verdadeira e a jaracuçu, está ultima considerada a maior entre elas podendo atingir dois metros de cumprimento. “Mas também encontramos espécies inofensivas ao homem como dormideiras, por exemplo, que se alimentam exclusivamente de moluscos como caracóis e lesmas. “Independente de serem venenosas ou não elas tem aparecido bastante. O clima já está começando a esquentar e assim a atividade das serpentes está se intensificando”, observou o biólogo da Fujama, Christian Raboch Lempek.
Segundo o especialista, o número de ocorrências tem ocorrido em vários pontos da cidade, tanto no perímetro urbano como na zona rural. “Mesmo em áreas mais centrais a gente tem registro do aparecimento de cobras. Recentemente pegamos uma, com cerca de um metro, próximo a um galinheiro na Tifa Monos. A jararaca é um animal que se alimenta principalmente de roedores. Então locais onde tem roedor como rato e camundongo é um local propício a atrair jararacas”, disse.
As cobras são atraídas pelo cheiro da urina desses animais e pela facilidade de obtenção desse alimento que é o próprio roedor. E na cercania de galinheiros normalmente tem incidência de roedores principalmente pelo alimento dado às galinhas. Então é fácil para o rato conseguir alimento. Consequentemente, é fácil para a jararaca conseguir o alimento que é o próprio rato”, observou. “Então, é importante às pessoas se atentarem à presença de roedores próximo de casa e procurar fazer a eliminação deles. É uma forma mas tranquila de evitar o aparecimento de serpentes, principalmente as peçonhentas como jararaca e jararacuçu”, comentou o biólogo.
“Tem muita gente preocupada mandando mensagens perguntando se está havendo alguma infestação de cobras. Na verdade, existe três fatores que influenciam o número crescente de aparecimento desses animais. Primeiro, Jaraguá do Sul está situada numa região com muita Mata Atlântica. Nosso território tem mais de 40% de floresta, além de rios e riachos. Consequentemente também tem uma rica fauna. Segundo, a época do ano. Neste período de Primavera/Verão é comum os répteis como serpentes e lagartos saírem para procurar alimento e eventualmente elas acabam entrando em residências. Terceiro, a própria população que sabe do trabalho de fauna da Fujama com os bombeiros e tem cada vez mais entrado em contato para solicitar o resgate desses animais. Então esses três fatores contribuem para que esta grande quantidade de serpentes estejam ocorrendo aqui em ganhando visibilidade, cada vez mais, pelas redes sociais.”
Limpeza – Entre as dicas de prevenção para evitar a visita de serpentes em casa está manter o terreno limpo, sem mato ou entulho, que contribui para visualização desses animais quando entram nesses espaços. “Ações como esta, além uso de equipamentos de proteção individual e o controle de roedores ajudam, mas é necessário também sempre prestar a atenção por onde anda para evitar problemas”, recomenda Duwe.
Encontro – Caso se depare com uma serpente em casa, o munícipe deve, em primeiro lugar manter calma. “A maior parte das pessoas tem muito trauma em relação a esses animais. Avistou a serpente se afasta e prende cachorro e gato para evitar acidentes”, emenda Raboch. Depois, o cidadão deve entrar em contato o mais rápido possível com a Fujama, por meio do 0800-6420156 da Ouvidoria no horário das 7 às 17 horas de segunda à sexta-feira. Após este horário, nos fins de semana e feriados esta solicitação deve ser feita pelo serviço 193 dos Bombeiros Voluntários. Após a solicitação uma equipe da Fujama ou dos bombeiros se dirigirá ao local para resgatar o animal que será devolvido à natureza em áreas de preservação ambienta do Município.
Acidente com cobra – primeiros socorros – mitos e verdades
Segundo o biólogo da Fujama, Christian Raboch, no Brasil ocorre por ano, em média, 30 mil acidentes com picadas de serpentes e em torno de 150 mortes. “Normalmente, essas mortes estão relacionadas aos primeiros socorros feitos de forma errada.” Com base nisso, segue abaixo alguns mitos e verdades relacionados a acidentes com serpentes.
Mitos
- Fazer torniquete;
- Chupar o local da ferida para tirar o veneno;
- Tomar cachaça;
- Furar ao redor da picada para o veneno escorrer.
Verdade
- Procurar ficar calmo após a picada – agitação faz o veneno circular mais rápido no organismo da vítima;
- Limpar a ferida com água e sabão;
- Aplicar uma compressa de gelo sobre o local a picada;
- Procurar atendimento médico o mais rápido possível.
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