Mais de 20 comerciantes receberam orientação de seis profissionais
O caixa de padaria Charles Anderson da Silva Damasceno (ao fundo, na primeira foto), 35 anos, ficou surpreso e feliz ao receber dois profissionais da Assistência Social no estabelecimento onde trabalha na manhã desta sexta-feira (30), na Vila Lenzi. A coordenadora do Cras Vila Lenzi, Cristiane Beleti Medeiros, e o psicólogo do Serviço de Abordagem Social, Cristian Glasenapp, orientaram o caixa sobre como lidar com a situação dos moradores de rua que vivem nas proximidades.
“Na minha terra (Belém do Pará), esse tipo de visita da prefeitura não acontece. É cada um por si. Não há nenhum serviço para abrigar e cuidar dos moradores de rua”, contou. Ele acaba doando café e pão para alguns moradores de rua, por ter pena da situação. “Mas, depois dessa orientação e de saber que existe um serviço que pode melhorar a vida dessas pessoas, vou mudar minha atitude. Pois, se houver essa doação, eles vão continuar na rua, em uma situação muito precária”, relatou Damasceno.
Assim como o caixa de padaria, mais de 20 comerciantes na região próxima ao Supermercado Condor, na Vila Lenzi, receberam orientação de seis profissionais da Secretaria de Assistência Social e Habitação, incluindo o secretário da pasta, André de Carvalho Ferreira. O objetivo é a conscientização de comerciantes do bairro sobre como lidar com a situação de moradores de rua.
Esse trabalho – feito de porta em porta – é uma ação contínua da Secretaria e tem como objetivo mostrar os serviços da assistência social disponíveis para pessoas em situação de rua, como a Abordagem Social, a Casa de Passagem e o possível encaminhamento para centros terapêuticos de recuperação ou para o mercado de trabalho. Os comerciantes recebem fôlderes com telefones e contatos para saberem a que serviço recorrer no caso de situação com moradores de rua.
Outra comerciante que lida com a situação diariamente é uma proprietária de empresa do gênero alimentício, que não quis se identificar. Na frente da empresa dormem dois moradores de rua, que acabam urinando e defecando no local. “Os clientes sentem o cheiro. Fica uma situação ruim. A gente quer ajudar, resolver a situação, mas é difícil”, informou a empresária. Ela foi uma das comerciantes que recebeu a orientação da equipe do Social.
O secretário André Ferreira explica que é um desafio conscientizar as pessoas para não darem esmola, não dar comida ou doar roupa. “Isso acaba sustentando a situação de rua.
Fazendo com que os moradores permaneçam na situação precária que estão. Os serviços que o Social oferece incluem local digno para dormir, banho, alimentação, encaminhamento para a família ou para emprego ou, no caso de dependência do álcool e outras drogas, para um centro terapêutico. Por isso ressaltamos: se vir um morador de rua, entre em contato com o Cras mais próximo ou com a equipe das 8h às 21h30 (de segunda a quinta-feira) e 24 horas de sexta a domingo, acionados pelos telefones 3275-8750 e celular 98862-3111”, ressalta o secretário.
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