Entre os presos está o jaraguaense Oziel Santos
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, determinou que a Secretaria de Articulação Nacional do Estado, em Brasília, acompanhe de perto a situação dos 19 catarinenses que se encontram detidos após os atos registrados domingo na Capital Federal. “Estamos acompanhando e monitorando a situação para tentar garantir o direito de cada um ao processo legal a que todos temos direito. São catarinenses e por isso o Estado está se fazendo presente. Há muito desencontro de informações”, disse.
Entre os detidos está o jaraguaense Oziel Santos. De acordo com a esposa, Fernanda Santos, ele está no Complexo Penitenciário da Papuda. Fernanda afirmou que não tem contato com o marido desde a noite de domingo (8). De acordo com ela, Oziel foi para o Distrito Federal na sexta-feira (6), em um ônibus que saiu de Jaraguá do Sul. Fernanda conta que seu marido estava participando das manifestações de forma pacífica e quando começou a invasão no congresso, ele foi proteger outras pessoas.

O governador afirmou que está em contato com a Ordem dos Advogados do Brasil de SC, com a Procuradoria-Geral do Estado e também com a ministra do STF, Rosa Weber. “Que a Justiça seja cumprida, puna os culpados e absolva os inocentes”, completou.
O Supremo Tribunal Federal (STF) montou uma força-tarefa para as audiências de custódia de cerca de 700 pessoas presas durante os atos nas sedes dos Três Poderes em Brasília no domingo (8).
Após reunião com o ministro Alexandre de Moraes, que determinou as prisões, ficou acertado que as audiências serão feitas por juízes federais e do Tribunal de Justiça do DF. As informações sobre presos serão centralizadas no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e remetidas a Moraes, a quem caberá decidir sobre a manutenção das prisões.
Ao determinar as prisões, Moraes mencionou sete crimes que podem ter sido cometidos pelos militantes bolsonaristas, incluindo crimes contra o Estado Democrático de Direito e a soberania nacional.
A Policia Federal informou que 1,5 mil pessoas foram conduzidas na segunda-feira (9), após serem presos em Brasília. Até o momento, 727 continuam detidas. 599 pessoas foram liberadas, entre elas, idosos, pessoas com problemas de saúde, pessoas em situação de rua e pais acompanhados de crianças.
Deixe seu comentário nesse post