Somente em fevereiro, foram seis animais resgatados
O trabalho de resgate de animais silvestres feito pelos biólogos da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) segue intenso. Em janeiro deste ano foram recolhidos 44 espécimes, na maioria serpentes e gambás. Somente em fevereiro, seis animais foram resgatados de áreas residenciais em Jaraguá do Sul. Numa casa, no bairro Rau, uma fêmea de gambá, com nove filhotes, foi recolhida.
Segundo o biólogo da Fujama, Christian Lempek, agora é o período de reprodução desses animais. “Os gambás, a exemplo dos cangurus, são marsupiais e os filhotes durante um bom tempo ficam dentro de uma bolsa, o marsúpio, até crescerem um pouco mais e daí saem e passam a ficar agarrados à mãe. É necessário fazer o resgate deles quando aparecem nas casas porque podem ser atacados por cães domésticos.”
Já no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Alexander Borba, no Amizade foi encontrado um filhote de lagarto Teiú. Já em outro CMEI, no bairro Amizade, os biólogos encontraram uma serpente da espécie Dormideira, inofensiva ao homem. Outra espécie sem peçonha, uma cobra-d’água, foi encontrada dentro da escola Alberto Bauer, no Czerniewicz.
“Normalmente neste período mais quente do ano répteis como cobras e lagartos ficam mais ativos e podem, eventualmente, entrar em espaços urbanos. Ao encontrá-los é importante que as pessoas nos chamem e mesmo sendo uma cobra não matem o animal porque estes animais exercem um papel importante em nossa bioma”, enfatizou Christian Lempek. Ele acrescenta que todos os animais recolhidos passam por avaliação veterinária e se estiverem saudáveis, são devolvidos à natureza em uma área distante de onde foram encontrados.
Serviço
O resgate é feito mediante solicitação no número de telefone da Fujama (3273-8008) – segunda a sexta, das 7h30 às 17 horas – ou por meio de registro na Ouvidoria da Prefeitura (0800-642-0156). Nos fins de semana e feriados esta solicitação é feita pelo serviço 193 dos Bombeiros Voluntários.
Em 2020, a Fujama promoveu o resgate de 441 animais silvestres em áreas residenciais da cidade, na grande maioria serpentes, aves e mamíferos como gambás. Mas também houve registro de espécimes como tamanduá-mirim, cachorro-do-mato, cervos, lagartos, entre outras espécies comuns da Mata Atlântica.
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