Novo decreto deve ser publicado ainda nesta quarta-feira (10)
Novas ações para frear a pandemia foram discutidas em reunião entre o governador Carlos Moisés, prefeitos das maiores cidades catarinenses, Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) e Fecam (Federação Catarinense dos Municípios), nesta quarta-feira (10). Para o fim de semana, ficará em funcionamento somente aqueles serviços e atividades estritamente necessários.
O procurador-geral do Estado, Alisson de Bom de Souza, apresentou aos prefeitos um modelo prévio de medidas que passarão a valer ao fim da vigência do decreto 1.168, nesta quinta-feira, 11.
A proposta do Governo do Estado, discutida com as autoridades, traz entre as medidas a proibição de fornecimento com consumo no local de bebidas alcoólicas das 21h até as 6h e a prorrogação do uso de efetivo de 500 policiais exclusivamente para a fiscalização das medidas sanitárias previstas em decreto.
Além destas ações, o modelo apresentado aos gestores municipais prevê a partir de sexta-feira, 12 de março, até a próxima sexta, 19 de março, por uma semana – ressalvado o fim de semana – a limitação de funcionamento de uma série de atividades por limite de ocupação até 25% e atendimento ao público das 6h até as 23h59.
No transporte coletivo haverá limitação de 50% da ocupação do veículo. O funcionamento de casas noturnas, realização de shows, além de qualquer tipo de aglomeração de pessoas continuam proibidos.
Participaram da reunião prefeitos das 21 maiores cidades, de 20 associações de municípios, secretários de Estado e o presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, deputado Mauro de Nadal. A moderação do debate foi conduzida pelo chefe da Casa Civil, Eron Giordani.
Posicionamento do prefeito de Jaraguá do Sul
O prefeito de Jaraguá do Sul Antídio Lunelli, que sempre defendeu que as ações na saúde devem ser tomadas em equilíbrio com a economia, comentou que é necessário ter clareza e organização nas decisões, já que a população precisa ser informada com antecedência sobre as medidas adotadas.
Além de lamentar a realização de festas e aglomerações e dizer que este tipo de comportamento aumenta os índices de transmissões do coronavírus, Lunelli destacou que a vacinação é a saída para a crise sanitária e também para a economia. “Há pressa na vacinação. Jaraguá do Sul assinou a termo de intenção de comprar 60 mil doses e é preciso que o governo federal acelere esse processo. A vacinação é a saída para a saúde e para a economia”, comentou o prefeito.
Lunelli destacou que o tratamento rápido também deve ficar claro, com as medicações definidas por um protocolo. “Temos aumentado nossa estrutura hospitalar desde o começo e recebemos pacientes de todo Estado, mas há um limite para isso. Nossos profissionais estão sobrecarregados e precisam de medidas que contenham a crise”, concluiu o prefeito.
A Prefeitura de Jaraguá do Sul anunciou nesta semana a ampliação de 16 leitos de UTI, dez no São José e seis no Jaraguá. Os recursos utilizados serão do Fundo Municipal de Saúde.
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