Paralisações do setor são contra o aumento de combustíveis anunciados pela Petrobras
Um dos principais líderes da greve de caminhoneiros de 2018, Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, anunciou na quinta-feira (10) paralisações do setor em pelo menos quatro estados contra o aumento da Petrobras no preço de gasolina, diesel e gás.
Dedeco citou paralisações em São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Pará, que começaram nesta quinta-feira (10) e sexta-feira (11).
A Petrobras teve lucro líquido recorde de 106,7 bilhões de reais em 2021, ante 7,1 bilhões no ano anterior, principalmente devido ao avanço de 77% do preço do barril do petróleo no período e valores mais altos dos combustíveis.
Em nota, a Petrobras afirmou que o anúncio vem após 57 dias sem reajustes. Segundo a companhia, esse movimento “vai no sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda”.
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“Apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo”, disse a estatal.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, ainda na quinta-feira (10), lamentar uma possível paralisação dos caminhoneiros devido à alta de 24,9% no preço do diesel anunciado pela Petrobras.
“O preço tá caro. Tem muito caminhoneiro aí que vai parar. Eu sei disso, lamento isso daí. Vai parar porque não suporta mais essa carga tributária. E é uma questão mundial. Digo a vocês que o diesel aqui agora, mesmo com tudo isso, está mais barato que nos Estados Unidos”, disse Bolsonaro, em sua tradicional live de quinta-feira.
Com informações de Metrópoles.com
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