Em nota, empresário lembrou ações que tomou durante a pandemia e que trabalhou pela possibilidade da compra de vacina pela iniciativa privada
Convocado para depor na CPI do Coronavírus, o empresário Luciano Hang afirmou, por meio de nota, estar de “consciência limpa” e disse que recebeu a informação “com tranquilidade”. O comunicado de Hang leva a entender que, ao contrário de Carlos Wizard, que permaneceu em silêncio ontem, o catarinense pretende responder aos questionamentos dos senadores.
A nota de Hang cita as ações tomadas por ele durante a pandemia, como afastamento de funcionários do grupo de risco, doações de insumos e custeio de profissionais de saúde. O comunicado também confirma que ele intercedeu pela liberação da compra de vacinas pela iniciativa privada – um dos assuntos que devem ser abordados pela CPI.
A nota:
“Recebo com tranquilidade a notícia da possível convocação para a CPI da Covid-19 e estou à disposição para qualquer esclarecimento. Nada melhor do que a verdade para elucidar os fatos.
Assim que a pandemia chegou ao país, no começo de 2020, sempre deixei claro que temos dois inimigos: o vírus e o desemprego. Me posicionei a favor da saúde, sem deixar de lado os cuidados com a economia do Brasil. Lutei publicamente para que as indústrias, empresas, comércios, escolas e demais atividades seguissem abertas, mantendo os empregos e o sustento das famílias.
Intensifiquei as doações e incentivos à saúde. Compramos 200 cilindros de oxigênio para Manaus (AM), no valor de quase R$ 1 milhão, durante o período mais crítico do estado. A Havan destinou mais de R$ 5 milhões para áreas da saúde em 2020. Doamos respiradores, macas, roupas de cama, utensílios de cozinha e máscaras descartáveis a diversos hospitais. Custeamos a vinda de profissionais da saúde de outros estados para fortalecer o atendimento na região de Brusque (SC). E, com a união de empresários da cidade, conseguimos doar testes e medicamentos à Secretária de Saúde.Até hoje mantivemos todos os nossos 20 mil colaboradores, não desligamos nenhum por conta da pandemia e deixamos gestantes, pessoas com comorbidades e grupo de risco em casa. Continuamos investindo, abrindo lojas e acreditando no Brasil.
Além disso, também me empenhei na luta pela compra e doação de vacinas pela iniciativa privada. Lançamos um abaixo-assinado com o objetivo de mudar a Lei para acelerar o processo de vacinação no Brasil e, consequentemente, diminuir a fila do SUS. Abraçamos essa causa, pois queríamos muito conseguir imunizar os trabalhadores e também dar a chance de outros empresários fazerem o mesmo.
Eu mesmo peguei o vírus, perdi a minha mãe e amigos muito próximos. Acredito na importância de trabalharmos juntos para vencer essa guerra. É preciso buscar soluções para os problemas.
Por fim, continuo onde sempre estive: do lado do Brasil e dos brasileiros. Estou de consciência limpa, não tenho e nunca tive nada a temer. Vamos em frente!”
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