No primeiro trimestre a economia brasileira havia avançado 1,2%
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou leve queda no segundo trimestre deste ano, perdendo força em relação aos três primeiros meses de 2021 e estabilizando-se depois de três trimestres seguidos de ganhos.
No segundo trimestre, o PIB teve queda de 0,1% em relação aos três meses anteriores, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira. No primeiro trimestre a economia brasileira havia avançado 1,2%.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de um crescimento no segundo trimestre de 0,2%, na comparação trimestral.
Em relação ao segundo trimestre de 2020, o PIB registrou expansão de 12,4%, ante expectativa de aumento de 12,8% nessa base de comparação.
Pelo lado da oferta, a agropecuária e a indústria apresentaram resultado negativo na comparação com o primeiro trimestre de 2021: houve queda de 2,8% e 0,2%, respectivamente. Já os serviços avançaram 0,7% no período.
Pela ótica da demanda, somente o consumo do governo apresentou alta, com crescimento de 0,7%. O consumo das famílias não variou no período (0,0%) e os investimentos, que chegaram a subir 4,6% no primeiro trimestre, recuaram 3,6%.
Analistas avaliam que o avanço da campanha de vacinação, somado à diminuição das restrições à mobilidade, tende a abrir espaço para a recuperação dos segmentos do setor de serviços, que ainda estão abaixo do pré-pandemia. Os serviços respondem por cerca de 70% do PIB.
Por outro lado, pesa contra a inflação elevada, que chegou a 8,99% em 12 meses, corroendo a renda dos brasileiros e impactando o consumo das famílias. O aumento da taxa de juros básica, a Selic – hoje em 5,25% ao ano -, também encarece o custo do crédito para pessoas e empresas. Além disso, a instabilidade política preocupa os analistas econômicos e pode adiar investimentos.
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