A localidade lidera o ranking dos pontos de proliferação do mosquito transmissor da doença
A última atualização do Boletim da Dengue, emitida pela Secretaria de Saúde de Jaraguá do Sul, mostra que o mapa dos focos de proliferação do mosquito transmissor da doença (Aedes aegypti) está mudando na cidade. Se até algumas semanas o maior número de focos se concentrava respectivamente nos bairros Centro, Vila Nova e Ilha da Figueira, agora este ranking é liderado pelo bairro Rau com 44 focos.
O diretor de Vigilância em Saúde da Secretaria, Dalton Fischer, falou sobre esta mudança: “No início do ano essas oscilações são normais, em função do trabalho de campo das equipes. Por exemplo: se por alguns dias direcionamos agentes de endemias trabalharem algum foco do Aedes em determinado bairro, é normal identificarem mais focos e isso gera as oscilações do número de focos entre bairros. Com o passar dos meses, elas vão diminuindo”.
Conforme dados do último boletim, foram constatados 408 focos do Aedes aegypti no Município. Focos são concentrações de larvas do mosquito transmissor encontradas em recipientes com água parada podendo ser em pratinhos de vasos de plantas, plantas aquáticas, ralos, tampinhas de garrafa, bromélias, pneus, calhas e em armadilhas instaladas pela equipe de Zoonoses da Secretaria de Saúde.
A cada foco encontrado é delimitado um raio de 300 metros onde se visita imóvel por imóvel, alertando sobre a presença do mosquito naquela localidade. O setor entende que a população que está dentro do raio do foco precisa estar informada da circulação do mosquito naquele local, e assim entender a importância dos cuidados de não permitir que o mosquito tenha ambiente para se reproduzir e como deverão se proteger.
No caso de imóveis fechados, os agentes de endemias deixam uma solicitação de agendamento para visita posterior, conforme disponibilidade do morador. No caso dos bairros infestados – os moradores receberão no mínimo cinco visitas em um ano, até que não sejam mais encontrados focos do mosquito do bairro.
O boletim do último dia 17 apontou ainda a existência de 36 casos suspeitos e um confirmado. Outros 11 casos estão sendo investigados e 24 foram descartados/negativos.
Fischer, relembra que a situação no município – a exemplo do que está ocorrendo em todo o Estado – ainda preocupa.“Por isso a necessidade de criar novas estratégias para sensibilizar os munícipes em relação à eliminação de possíveis focos do mosquito da dengue”.
Já o secretário de Saúde, Alceu Gilmar Moretti, frisa que a população precisa colaborar adotando medidas de prevenção, como a eliminação ou limpeza de objetos ou locais que possam acumular água, como pneus, vasos de plantas, baldes, calhas e outros. “Somente assim poderemos ter uma realidade diferente em Jaraguá do Sul comparado a outras cidades do estado.”
Sintomas
Normalmente, a primeira manifestação é a febre alta (39 °C a 40 °C) de início repentino, que tem duração de 2 a 7 dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.
Onde procurar atendimento – Na presença de sinais e sintomas, o paciente deve se dirigir imediatamente ao serviço de saúde e, caso já tenha sido atendido antes, deve retornar e não se automedicar. Pessoas que estiveram, nos últimos 14 dias, numa cidade com a presença do Aedes aegypti ou com a transmissão da dengue e tiver os sintomas citados, procure a unidade de saúde de referência. Evite o uso de medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (AAS, Melhoral, Aspirina) e anti-inflamatórios não esteroides (Ibuprofeno).
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