Foram 270 ocorrências por uso indevido de cartões de isenção de tarifa no período
A Prefeitura de Jaraguá do Sul divulgou esta semana os primeiros números desde a implantação do sistema de reconhecimento facial nos ônibus da cidade ocorrida a partir de setembro de 2022. Até julho deste ano foram flagrados pelo sistema 270 ocorrências por uso indevido de cartões de isenção de tarifa.
De acordo com a engenheira e supervisora de Controle de Transportes Urbanos da DTT, Thais Henning, o relatório do sistema abrangeu as seguintes categorias: Estudante, Estudante de Nível Superior, Sênior – 65 Anos, Professor, PNE, Isento, Funcionário do Sistema. “Deste total de casos de uso indevido, cerca de 76% está relacionado a estudantes e idosos ( 65 anos)”, destacou Thais.
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A supervisora acrescenta ainda que quando uma pessoa utiliza o cartão que não é seu, por exemplo de um idoso para garantir a gratuidade do transporte acaba prejudicando quem realmente precisa do benefício. “Simplesmente não há justiça social, pois quem paga 100% da tarifa é que está custeando esta isenção, algo que chamamos de subsídio cruzado”.
Bloqueio – A Lei Municipal nº 16.376/2022 regulamenta os procedimentos administrativos do sistema reconhecimento facial e prevê que todos os flagrantes devem ser encaminhados a uma comissão instituída pela empresa concessionária do Transporte Coletivo no Município – no caso Viação Senhora dos Campos – que irá analisar cada caso. “Utilizamos uma tecnologia israelense de reconhecimento de comparação de imagens da biometria facial. Após o software separar a imagem de quem está com o cartão e apontar irregularidades, o caso é enviado a uma comissão composta por três membros que avaliam as não conformidades.”, destaca o gerente operacional da Nossa Senhora dos Campos, Claudinei Ricardo Stein.
Ele acrescenta que após esta analise a irregularidade for comprovada,o cartão é bloqueado. “O primeiro bloqueio se dá por sete dias. Se fato se repetir o bloqueio será de 30 dias, depois 60 dias e assim segue até a perda da gratuidade”, explicou Ricardo Stein. Segundo ele, a comissão analisa uma média entre 20 e 30 ocorrências por mês. A exemplo de Thaís, o gerente da empresa também condenou esta prática. “Não é justo alguém que não tem gratuidade usar este benefício como, por exemplo, o neto usar o cartão do avô”.
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