Informação foi divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde
A Secretaria de Estado da Saúde confirmou na sexta-feira (26) três casos de Febre do Oropouche, também conhecida como Febre do Maruim, em Santa Catarina. Os casos foram registrados no município de Botuverá, no Médio Vale do Itajaí. Os exames foram encaminhados pela Estado para um laboratório particular que detectou a presença do vírus nas amostras, no dia 25 de abril.
A febre oropouche, também conhecida como ‘febre do maruim’, está provocando surto no Norte do Brasil, principalmente, no Amazonas. Conforme dados do Ministério da Saúde, no ano passado 832 pessoas foram diagnosticadas com a doença. Neste ano, o número de casos já passa dos três mil.
Em Jaraguá do Sul e região, ainda não há nenhum caso confirmado da doença, mas segundo o secretário de Saúde de Jaraguá, Alceu Moretti, existe o risco.
“Este tema, realmente, é preocupante. O maruim está ‘fora do controle’ e algo efetivamente precisa ser feito para que se possa controlar. E tomara que essa doença não venha pois, assim, se tivermos uma doença transmitida pelo maruim com a infestação que temos na região vai ficar completamente fora do controle”, afirma.
A transmissão da Febre Oropouche é feita principalmente por mosquitos. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.
Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:
• Ciclo Silvestre: Nesse ciclo, os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem carregar o vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.
• Ciclo Urbano: Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses também é o vetor principal. O mosquito Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos, pode ocasionalmente transmitir o vírus também.
SINTOMAS
Os sintomas da Febre do Oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Neste sentido, é importante que profissionais da área de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar essas doenças por meio de aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e orientar as ações de prevenção e controle.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da Febre do Oropouche é clínico, epidemiológico e laboratorial. Todo caso com diagnóstico de infecção pelo OROV deve ser notificado. A FO compõe a lista de doenças de notificação compulsória, classificada entre as doenças de notificação imediata, em função do potencial epidêmico e da alta capacidade de mutação, podendo se tornar uma ameaça à saúde pública.
TRATAMENTO
Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico. Recomenda-se o uso repelente, uso de roupas fechadas, evitar áreas que têm a presença do maruim além da remoção de possíveis criadouros como água parada.
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