Confira a coluna em áudio e texto
Esta é uma máxima comum nas organizações. Onde alguém na figura de poder central, ou em outra posição de poder, se autodenomina o padrão, aquele que precisa ser seguido.
Até é interessante a condição do líder ser exemplo, mas o problema que algumas pessoas tornam esta condicionante como o único referencial: se eu consigo os demais também conseguem.
Estes argumentos são até plausíveis, mas infundados, como por exemplo: se eu que tive um passado tão difícil e consigo, como que os demais que não tiveram tanta dificuldade como eu tive não conseguem?
Ou outro exemplo: o meu jeito é o melhor jeito para fazer, pois assim é e pronto.
Tanto uma situação como a outra, mostram limitações da ação esperada que se tem do outro. Este outro já tem uma grande barreira a ser ultrapassada, o jeito de quem está no poder.
E o pior mesmo tentando fazê-lo não conseguirá atingi-lo pois o padrão é idealizado. Algo utópico muitas vezes. Quando esta idealização está na figura do empreendedor do negócio, que há alguns anos tornou sua ideia realidade para sua empresa. Até é admissível, pois ele tem o sonho consigo, ele é o sonho vivo.
Mas agora quando esta idealização de padrão, de referência, vem de alguém da estrutura e cobra dos demais que sejam iguais a ele, é algo no mínimo estranho.
Primeiro ele, este líder que se acha no padrão também é um colaborador da empresa, não é o empreendedor e nem investidor do negócio. Segundo, por vezes o seu padrão de referência é exatamente aquele que impede a empresa de crescer ou melhorar. Pois ele se toma como o máximo, os demais não podem ultrapassá-lo. E aqui não nada incomum que estas pessoas que se acham os tais, demitam aqueles que por ventura se atrevam há fazer melhor que eles. Traduzindo na operação do dia a dia: não pode ser melhor do que eu pois eu determinei que o padrão, que sou eu.
Terceiro e muito simples, as pessoas não são iguais, não há como exigir de alguém que os comportamentos sejam repetidos, as percepções sejam as mesmas, com as mesmas entregas. Isto pode acontecer por similaridades, com proximidades, mas não há como fazer igual. Este ideal não existe.
Alguns líderes nas organizações precisam entender que as pessoas podem ser melhores que eles e que podem ter um novo patamar de padrão. Inclusive melhor do que ele que se acha o tal. Aceitar isto se chama humildade, reconhecimento de potencial, valorização de quem está comprometido. Um exemplo mundial disto foi Bill Gates, ele entendeu isto.
A empresa não pode ser conduzida por egos inflados, em especial de seus gestores. A empresa precisa de razão equilibrada como a emoção. Alguns gestores precisam perceber que os demais também fazem parte da estrutura e podem realizar muito mais, mas não o fazem exatamente por ele. Alguns gestores precisam entender que não são insubstituíveis.
A autopercepção é fundamental aqui, para que haja o entendimento de quanto a empresa não está sendo limitada por aquele que se acha o “bam bam bam” da estrutura?
Sua empresa tem alguém com este perfil? Pode ser que esta pessoa, seja um dos fatores que a empresa não esteja alcançando o resultado que poderia, ou pode estar limitando os resultados por causa de alguém assim.
Pense nisto, [email protected].
Confira a coluna em áudio:
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