Jovem morreu durante a Festa da Etnias
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) ofereceu uma denúncia por homicídio culposo contrseis pessoas em Mafra. Elas são acusadas pela morte de Wellinton Carlos Trierweiller, de 20 anos, em setembro de 2019, em Mafra, durante a 2ª Festa das Etnias.
Conforme relata a denúncia da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Mafra, a festa foi promovida conjuntamente pelo Município e pela empresa de propriedade de um dos réus.
Na madrugada de 7 de setembro de 2019, a vítima foi retirada do evento pelos seguranças, foi até o leito do rio pela parte externa e, ao tentar dar a volta para retornar ao local da festa, caiu no rio e morreu por afogamento.
Segundo apurado pelas autoridades policiais, a vítima faleceu em razão da ausência de qualquer segurança adicional que afastasse o risco de queda dos frequentadores da Festa das Etnias, mesmo após a Polícia Militar de Mafra ter emitido um laudo de ordem pública atestando a existência do risco, do qual parte dos denunciados, responsáveis pela organização do evento, foram informados.
Consta na denúncia que uma das denunciadas viu Wellinton aproximando-se do leito do rio e desaparecendo em seguida. Ciente do risco de queda, ela não tomou qualquer providência para verificar a possibilidade de acidente. Ela apenas avisou um outro réu para que fizessem buscas para se certificar de que a vítima não teria burlado a segurança e entrado novamente na festa.
Também foram denunciados o então secretário de administração do Município de Mafra responsável pelo evento à época dos fatos, dois engenheiros civis responsáveis pela segurança, montagem da estrutura do evento, fiscalização e prevenção de acidentes durante a festa e o proprietário da empresa que organizou o evento.
De acordo com a Promotora de Justiça Nicole Lange de Almeida Pires, “os denunciados, mesmo sabendo da possibilidade de queda dos frequentadores, não tomaram providências para garantir a segurança do local, sendo que dois dos réus inclusive presenciaram Wellinton se aproximando do local de risco, mas não acionaram as autoridades e não agiram para auxiliá-lo e assim evitar sua morte”.
Ela reforçou que “o crime causou grande comoção social à época dos fatos, tendo sido publicadas diversas matérias jornalísticas acerca do falecimento da vítima e do anseio da família por justiça pela perda precoce do jovem’.
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