Confira a coluna em áudio e texto
Estamos vivendo um momento estranho nas organizações quando o tema é processo seletivo.
Existe uma máxima em gestão que fala: contratar com vagar e demitir rapidamente.
Isto até deve ser considerado, porém não em tempos de falta de mão de obra, como estamos vivendo agora.
Para muitos a surpresa da afirmação, pois temos um contingente de pessoas desempregadas elevado no país. Porém muitos destes profissionais apresentam baixa empregabilidade, seja por falta de capacitação, seja por alinhamento de expectativa salarial.
Qual é a perfeição no processo de seleção?
Ter o perfil definido para a vaga previamente discutido entre gestor da área demandante e as pessoas da área de RH responsáveis pelo recrutamento. Bem como um alinhamento de expectativas, não adianta querer um profissional sênior o centro de custos não comporta e ainda entender que o candidato perfeito não existe.
Ter um prazo previsto de dias adequados para a busca e seleção das pessoas. Tempo real para realização de entrevistas e que nestas sejam verificados os interesses das partes envolvidas, empresa e candidato.
Prazo para integração deste profissional exercer o cargo de forma à trazer resultados mínimos. Isto é a perfeição dos mundos, porém a realidade hoje é outra.
Quem foi selecionado hoje, arrisca não começar as atividades na empresa pois foi contratado por outra empresa, por um valor diferente ou por promessas mais encantadoras que as feitas anteriormente. Isto antes mesmo de fazer os exames admissionais.
Não estamos falando apenas de vagas com profundo conhecimento técnico, mas sim para áreas que necessitem de um pouco mais de empenho.
Quais são os motivos para isto acontecer?
São vários, que vão desde a falta de capacitação de mão de obra em muitos cargos essenciais. Algo que outrora era feito por algumas instituições de ensino técnico e que hoje não oferecem mais isto.
Pelo desinteresse das pessoas em algumas atividades em especial da área produtiva. A expectativa elevada de uma geração que nunca trabalhou, mas acha que deve ganhar e exercer cargos dos quais não tem capacidade e experiência para isto.
Desequilíbrio salarial depois da pandemia, fator que alterou e muito as referências das médias salariais do mercado de trabalho.
O que cabe às empresas então? Agilidade entre demanda das áreas, processo seletivo e definição pelo candidato. Isto exige das áreas envolvidas um comprometimento muito maior que o normal. As lideranças e a área de rh precisam estar muito unidas em prol do melhor resultado. Não é somente responsabilidade da área de rh, mas sim de todos os envolvidos na seleção. Desde a aprovação, liberação da vaga, indicação, recrutamento até a seleção do candidato.
Importante também que seja observado o período de integração do colaborador, o período de contrato de experiência previsto em convenção coletiva para que a efetivação seja assertiva.
Caso contrário o processo de seleção reinicia e lá se vão, tempo utilizado, esforços das áreas nos processos e ainda a sensação de que a empresa não está conseguindo “fechar suas vagas”.
Em tempos de escassez de mão de obra a assertividade do processo se letivo é fator de sucesso da empresa.
Pense nisto: [email protected].
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