Um ano em 30 dias: focos do mosquito preocupam saúde pública de Jaraguá do Sul

Números de focos no primeiro mês de 2021 é similar a todo ano passado

O mosquito Aedes aegypti, que pode transmitir a dengue, chikungunya, zika e febre amarela, nunca esteve tão presente no município. Somente nos 30 primeiros dias de 2021, 82 focos do inseto (larvas) foram encontrados pelos agentes de endemias da Secretaria de Saúde de Jaraguá do Sul, em residências e armadilhas. Em todos os 12 meses do ano passado foram 91 focos. Ou seja, a tendência é que se tenha um recorde de número de focos do mosquito neste ano em Jaraguá do Sul. Isso preocupa as autoridades de saúde pública do município.

“Esse mosquito vem se adaptando cada vez mais ao ambiente urbano, sendo resistente até a areia colocada nos pratinhos de vasos de plantas, adaptou-se a bromélias, plantas aquáticas internas, entre outros ambientes. Precisamos urgentemente substituir hábitos de cultivo de plantas para evitar que o mosquito se reproduza ainda mais”, alerta a supervisora do Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde, Aline Borba Monteiro.

Apesar de a atenção estar voltada principalmente para a covid-19, a dengue é uma doença grave, que pode matar, e precisa ser combatida por toda a população. A principal forma é eliminar possíveis criadouros do mosquito, como entulhos expostos à chuva, pratinhos de vasos de plantas, calhas com acúmulo de água da chuva (entupidas com folhas), piscinas sem o devido tratamento, ralos com acúmulo de água, e agora também bromélias e plantas aquáticas.

No ano passado, Jaraguá registrou 25 casos de dengue. Nesse ano nenhum dos quatro casos suspeitos foram confirmados para a doença. Mas a Secretaria de Saúde segue atenta ao quadro apresentado, com muito mais focos do mosquito do que no mesmo período do ano passado. “Os sintomas da dengue são muito parecidos com o da covid-19, como febre alta, dor muscular, dor atrás dos olhos, dor de cabeça. Estamos reforçando com os hospitais para que esses sintomas sejam também investigados para dengue”, adianta Aline.

Confira o ranking dos bairros para focos do mosquito

1º lugar: Vila Nova – 24 focos
2º lugar: Centro – 23 focos
3º lugar: Estrada Nova – 5 focos
4º lugar: Vieira – 5 focos
5º lugar: Chico de Paulo – 4 focos
6º lugar: Tifa Martins – 4 focos
Outros bairros apresentaram 3 focos ou menos.

Cuidados dentro e fora de casa

-Tampe os tonéis e caixas d’água;
-Mantenha as calhas sempre limpas;
-Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
-Mantenha lixeiras bem tampadas;
-Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
-Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
-Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
-Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.
-Cubra e realize manutenção periódica de áreas de piscinas e fontes ornamentais;
-Limpe ralos e canaletas externas;
-Atenção com bromélias e outras plantas que podem acumular água;
-Deixe lonas usadas para cobrir objetos bem esticadas, para evitar formação de poças d’água.

Para denúncias de possíveis criadouros do mosquito: Ouvidoria SUS – 0800-642-0136